Os favores obrigatórios da espontaneidade

Eu vim hoje para falar de amor, mas não tem a ver com relacionamentos amorosos, não tem a ver com amizade, não. Tem a ver com compaixão, empatia.
É que, ultimamente, sinto que essas coisas estão deixando de existir. Porque, quando uma pessoa esbarra em você na rua, ela não pede desculpas, e você a xinga mentalmente. Porque, ontem, eu segurei uma porta pesada para uma senhora e ela me olhou com desdém e seguiu andando. Agora, a gente tem pressa. Mais pressa que vontade de viver, mais pressa que contato físico, mais pressa que “palavrinhas mágicas”. As coisas básicas que devem ser ditas a alguém, não por educação, por amor estão ficando cada vez mais especiais. Elas não devem ser banais, mas devem ser usuais. Todos deveriam estar acostumados a dar bom dia, perguntar como vão as coisas, se preocupar com o dia do outro. E deveríamos ser acostumados com a reciprocidade. Sabe da nova? Agora, tem gente que deixa de ter compaixão por medo de rejeição. E até que faz sentido, pois eu criei uma certa dificuldade em elogiar de tanto receber olhares reprovadores depois de fazê-lo.

(Tumblr)
Eu sou falha. Às vezes, trato pessoas mal porque eu não estou bem, e isso é normal, quer dizer, cinco vezes ao ano. Você pode errar quantas vezes quiser, desde que se arrependa – e mude. Hoje, eu evito os lapsos. Posso ser bem grossa, seca, áspera. Todo mundo tem seus dias de maldade, claro. Mas o meu interior é caloroso e abriga uma porção de gente da maneira mais bonita possível, uma das únicas coisas que sempre faço de propósito é o bem.
Eu bagunço as coisas para ter a oportunidade de arrumá-las, meço o tombo antes de tropeçar, começo sabendo o fim. E faço tudo isso com a minha essência: essa, de amor escondido, de carícias entre linhas, sorrisos em reticências. E eu queria que os outros também fizessem as coisas dessa maneira. Com sinceridade, espontaneidade. Veja esse pedaço de um texto de alguns dias atrás:
“Eu amo, só que guardo. Guardo, apenas, as três palavras. Contudo, não guardo as ações, as demonstrações diárias, os carinhos. Posso não dizer, mas, em tudo que eu faço, está lá, subentendido: o amor.”
O que eu estava tentando dizer desde esse dia é exatamente o que estou expressando com esse texto. Estava aqui, entalado, esse desejo de que as pessoas tenham mais altruísmo. E está. Será que é idiotice acreditar que as coisas possam mudar? Que, daqui a um certo tempo, as senhoras possam me agradecer por segurar portas? Não é todo mundo que me olha com desdém.
 Há uma deficiente física na minha sala de aula, e ela me lança o olhar mais bonito toda vez que eu afasto o andador dela do meio da sala ou coloco sua mochila no lugar. Eu faço algo tão simples, como levá-la até uma sala, e ela me faz sentir como se eu fosse o ser mais especial do planeta. Ela, sim, queridos, é a representação perfeita de tudo que eu falo sobre afinidade, sensibilidade e compreensão. Porque ela me sorri de um jeito maravilhoso, mesmo quando eu não a ajudo. Isso sim é recompensa. Por isso que eu sou “trouxa”, “escrava”, “pau-mandado” de quem eu amo. Porque eu quero que tudo mude, e, logo, começo por mim. 







Minha volta + Favoritos

 Oi! Então, eu sumi mesmo do blog, e, realmente, tenho pretexto. Ando muito ocupada, e os estudos também me apertam. Resolvi, como comeback, fazer um post de favoritos do último mês. Maio é meu mês favorito, por abrigar o dia do meu aniversário, ter um clima muito agradável e um uma energia muito calma e, ao mesmo tempo, eletrizante para mim. 


              1. How I Met You Mother: Acabei de chegar na segunda temporada e já estou amando, sério mesmo. É maravilhosa, engraçada, inteligente. Os personagens (Marshall, Lily, Ted, Barney e Robin) são muito legais e é muito fácil se identificar com eles. A história é narrada por Ted, contando ao seus dois filhos, de uma maneira um pouco diferente, como conheceu a mãe dos mesmos. 


             2. FKA Twigs - É uma cantora britânica extremamente original e interessante que descobri com o maior prazer. Só ouvi seu último álbum, o LP1, e pretendo ouvir seus outros trabalhos. Minhas músicas favoritas, por enquanto, são Video Girl, Pendulum Closer.

           3. Spotify - Sei que todo mundo conhece o Spotify, mas quero falar. Baixei aqui mesmo no meu computador e estou adorando (exceto por algumas músicas do Pink Floyd não estarem disponíveis). Ainda com todas as propagandas beem chatas e tudo, eu gosto. É uma boa alternativa para quem não quer gastar dinheiro como eu, mas, para quem realmente não quer nada incômodo entre as músicas e está disposto a pagar alguma quantia, existe o Premium. 

          4. The Breakfast Club - Filme muito legal, que gira, basicamente, num dia de detenção, mas com alguns detalhes. Personagens que não têm praticamente nada a ver uns com os outros, mas possuem uma espécie de vínculo, algo que os faz desabafar ao longo das detenções e permite que o espectador descubra as piores e melhores partes dos interior de Claire, Bender, Brian, Allison e Andrew. É um filme muito conhecido, e não à toa, né. Ótimo filme.

              5. Amarige - Tem um cheiro muito bom, que fica no corpo o dia inteiro, mesmo com duzentos banhos. Tenho usado bastante, mesmo que seja forte.
   
                6. Pulp Fiction - Um dos meus filmes favoritos, que, com certeza, merece até um post separado. Meu personagem favorito é Jules, por vários motivos. Amo todas as cenas, algumas em especial: a recuperação da maleta de Marcellus, Mia dançando Girl, You'll Be A Woman Soon, a cena final, o incrível epílogo de Pumpkin e Honey Bunny, Vicent desesperado com Mia quase morta em seu carro, eles dois dançando twist no restaurante Jack Rabbit Slim's, etc. Indico muito, muito mesmo.


Espero que tenham gostado, até a próxima!







Mais uma vez?


(Leia esse texto escutando essa playlist aqui)
 Como as séries, filmes e livros (e até sua mãe) te ensinaram, a possibilidade de algo dar certo é a mesma de dar errado. Independentemente das circunstâncias, é tudo consequência das nossas escolhas. Enfim, esse clichê é desnecessário. Indo direto ao ponto, queria muito falar de relacionamentos, especialmente daqueles que ressurgem do passado. É muito chato ver pesquisas, estatísticas e essas coisas tentando comprovar que voltar a um relacionamento antigo é um erro e nunca vai dar certo. Nenhum amor se mede ou compara, amor é amor e ponto. Amor é individual, é de casos, experiências que não se repetem fácil. Ou não se repetem nunca, nunca mesmo. Pode ser que a metáfora do sapato velho esteja certa, talvez seja estupidez insistir em algo que já demonstrou ser inadequado, que não cabe em você. 

 Esqueçam a experiência do seu amigo que quebrou a cara, parem com isso de se basear na vida dos outros. Comecem suas vezes, suas vidas. Parem de ler matérias nos jornais, parem de olhar gráficos. Amar alguém, de fato, é estar aberto às diversas experiências que podem vir. Mas o ser humano tem nutrido a mania de privar-se por medo de extrapolar, perder por medo, sofrer antes do baque. Então, da mesma maneira que a metáfora do sapato pode ser concretizada, pode ser criada uma nova: de que, talvez, ele sirva depois de duas ou até mais tentativas. Não é que o amor seja cego, é que ele não tem preconceitos e tabus. Se você deu/está dando uma segunda chance a alguém, parabéns. É muito lindo não guardar rancor, ser capaz de tentar mais uma vez é um dom admirável. E não, não se chame de burro. Você é determinado, e se não deu certo, pode sempre dizer que fez o possível, né? É que não dá para mudar o outro, mesmo que a capacidade de consertar tudo seja desejável, não existe.

 
 Se a tal pessoa tem tudo para ser o amor da sua vida, desde o sorriso até o disco favorito, não desista. Mas, se no meio da dança, ela fica pisando nos seus pés, procura ver se ela está querendo mudar. Procura ver se ela quer mesmo dançar com a mesma pessoa por tanto tempo, veja se ela não está cansada de tanto vai e volta, de tantos anos. Olhe para si mesmo e tente ver se você quer mesmo entrar nessa, e, se não quiser, não iluda. Não insista, não tente forçar um sentimento que sabe que não virá, não tenha pena. Tudo passa. Esqueça, esclareça, dê satisfação. Mas não abrace se, na verdade, você quer desviar. Ah, conselhos, do mesmo jeito que as pesquisas, foram feitos para dar uma ajudinha, e não definir todo o resto de sua vida. 

 Por favor, ignore a história do seu primo que foi e voltou trocentas vezes, da sua tia chata que insistiu num relacionamento por quatro anos. Você não é sua tia, ainda bem. Faça-me o favor de nunca mais procrastinar histórias para contar por pavor de que sejam tristes. Uma pessoa sem feridas nunca é plena, no final só é alguém que viveu toda a vida numa bolha falsa. Não tenha vergonha da sua ingenuidade, muito menos da malícia... São coisas que, nem sempre diretamente, se conectam e, assim, te fazem humano.






Os meus blogs favoritos

Oi, migoss! Tudo bem? Hoje eu vim falar dos meus blogs favoritos (dã) e explicar um pouquinho o porquê de eu gostar deles e no que me inspiram, essas coisas.

#1 - Borboletando

Blog lindão da Victoria, cheio de receitas, mixtapes incríveis e posts sobre o maravilhoso Brandon Flowers, Spice Girls, Hole e outros. Ela é um amor e os posts são muito divertidos, foi ela quem me inspirou a postar as playlists.



#2 - Radioactive Unicorns

Esse quase todo mundo conhece, da Giovanna Ferrarezi, ou Giva, como ela gosta de ser chamada. Tem de tudo no blog! Poemas, looks, resenhas de livros, etc. Ela é super divertida e extremamente sincera, não se preocupa em manter uma pose: brinca, xinga, zoa, conta sem medo. 


#3 - Nova Perspectiva 

Muito amor! O blog da Gabriela é recheado de textos, desabafos, receitas, essas coisas. Ela é um doce e escreve muito bem, estou sempre acessando o blog dela. 

#4 - Depois Dos Quinze 

Blog maravilhoso da Bruna Vieira, o qual acompanho há muito tempo e amo de paixão. A linda posta textos, receitas, playlists, looks, tudo que você pode imaginar. 

É isso, espero que tenham gostado, beijos :)